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Autoridades senegalesas enviam Forças Armadas para Dacar após onda de violência

Autoridades senegalesas enviam Forças Armadas para Dacar após onda de violência

Dacar, Senegal – Nesta sexta-feira (2), autoridades do Senegal tomaram a decisão de enviar as Forças Armadas para a capital, Dacar, em resposta aos distúrbios que eclodiram no país na esteira da prisão do político Ousmane Sonko, candidato da oposição para as eleições presidenciais de 2024. A violência resultante desses eventos já causou a morte de nove pessoas.

Homens uniformizados e armados com fuzis foram implantados em várias áreas de Dacar, que se encontrava, em grande parte, deserta, testemunhando um dos dias mais violentos de protestos políticos que o país já presenciou nos últimos anos.

Até o momento, não foi possível confirmar se esses indivíduos são soldados ou membros da Gendarmerie, vestindo uniformes camuflados. Nem o porta-voz do governo nem o do Estado-Maior Conjunto confirmaram oficialmente o envolvimento do Exército nessas ações.

Durante a noite, o ministro do Interior, Antoine Diome, fez um apelo à calma e serenidade dos cidadãos, afirmando que o Estado do Senegal tomou as medidas necessárias para garantir a segurança das pessoas e de seus bens.

Na quinta-feira (1º), diversos bairros da capital Dacar e da região de Casamansa, no sul do país, foram palco de episódios de violência desencadeados pela situação envolvendo Ousmane Sonko. Durante dois anos, Sonko travou uma batalha judicial e política com o governo, tornando-se a principal figura de oposição ao presidente Macky Sall.

Desde 2021, os protestos relacionados, em parte, à situação de Sonko resultaram na morte de aproximadamente 20 civis. Apenas no dia de ontem, confrontos entre jovens manifestantes e forças de segurança resultaram em pelo menos nove mortes, conforme relatado pelo ministro do Interior.

As autoridades e os apoiadores de Sonko estão se acusando mutuamente pela escalada da violência.

No mesmo dia, um tribunal criminal condenou Sonko, que ocupou a terceira posição na corrida presidencial de 2019, a dois anos de prisão por “corromper” uma jovem menor de 21 anos. Entretanto, o tribunal o absolveu das acusações de estupro e ameaças de morte feitas por uma funcionária de um salão de beleza, onde Sonko frequentava para receber massagens entre 2020 e 2021.

Sonko nega veementemente as acusações, alegando que o governo está conspirando para impedi-lo de concorrer nas próximas eleições presidenciais.

“Se ele for preso, devemos temer o pior”, afirmou Yankouba Sané, um funcionário universitário em Dacar, em entrevista à AFP nesta sexta-feira.

“Se há uma pessoa que nunca será encarcerada no Senegal, essa pessoa é Ousmane Sonko. Se ele for julgado, as coisas vão piorar”, alertou Alioune Diop, um vendedor de 46 anos.

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