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Portugal busca fortalecer cooperação em defesa no Indo-Pacífico, incluindo laços com Timor-Leste

Portugal busca fortalecer cooperação em defesa no Indo-Pacífico, incluindo laços com Timor-Leste

Portugal deseja fortalecer a cooperação no setor da defesa na região do Indo-Pacífico, incluindo nas áreas da governança marítima e das novas tecnologias, aprofundando os laços já consolidados com Timor-Leste, afirmou a ministra da Defesa à Lusa.

“A intenção é compreender as perspectivas desses outros países, aprofundar as relações e agendar encontros para desenvolver ainda mais as relações na área da defesa com esses países”, disse Helena Carreiras à Lusa em Singapura.

A ministra explicou que, durante o encontro com seu homólogo de Singapura, Ng Eng Hen, foram discutidos aspectos de interesse comum, como indústrias de defesa, cibersegurança, novas tecnologias, segurança marítima e governança dos mares.

Helena Carreiras falou à Lusa em Singapura, durante o Diálogo de Shangri-La, um dos principais encontros da região sobre segurança e defesa, organizado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS).

Esta é a primeira vez que um ministro da Defesa português participa do Diálogo de Shangri-La, que é propício para encontros e conversas mais informais e permite aprofundar o diálogo e interações que não seriam tão fáceis em outros contextos.

Durante sua estadia em Singapura, a ministra portuguesa também se encontrou com seus homólogos da Malásia e de Timor-Leste, bem como com o secretário-geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), Kao Kim Hourn.

“Esta é uma oportunidade para mostrar o que Portugal faz e como as questões de segurança na área euro-atlântica estão ligadas ao Indo-Pacífico. Queremos mostrar como temos prestado atenção às perspectivas de outros países e organizações, com nossa visão de 360 graus”, explicou.

Helena Carreiras disse que as reuniões também permitiram destacar a posição de Portugal sobre questões como a guerra na Ucrânia e o apoio incondicional aos princípios de soberania e integridade territorial desse país.

Ela também enfatizou o interesse de Portugal no tema das mulheres para a paz e segurança, com o objetivo de fortalecer uma agenda comum nessa área.

No que diz respeito a Timor-Leste, a ministra destacou o apoio ao roteiro de ação para a adesão do país à ASEAN, bem como a cooperação bilateral forte no apoio à capacitação das forças armadas timorenses.

“No âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), temos trabalhado para a participação conjunta em operações de paz, uma área em que já fizemos progressos. Antes de vir para cá, assinamos um memorando em Luanda para a criação de uma célula civil-militar que nos permitirá participar em missões de paz conjuntas, e Timor-Leste também está incluído nesse roteiro”, explicou.

“A nossa presença em Timor é o que nos traz para esta zona do Indo-Pacífico, representando um posto avançado importante da União Europeia com nossa presença, aproximando a UE dessa região e relacionando a segurança aqui com a segurança euro-atlântica”, observou.

A ministra explicou que espera assinar um novo acordo-quadro de cooperação em defesa durante uma visita a Timor-Leste em outubro, e Portugal está interessado em explorar triangulações com outros países.

“Temos espaço e o reconhecimento claro de Timor-Leste de que nossa cooperação é valorizada e valiosa para eles. Continuamos a trabalhar muito na capacitação e formação de militares timorenses em Portugal, e já tivemos militares timorenses em missões internacionais no Líbano”, disse ela.

“Continuaremos a trabalhar nessa colaboração, incluindo em triangulação com outros parceiros que também estão em Timor-Leste, como Austrália e Indonésia. Sentimos que há espaço para explorar ainda mais essa missão, articulando um novo modelo de cooperação em defesa, no qual trabalhamos em várias áreas”, explicou.

Quando questionada sobre o tema da China e a crescente tensão no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da China, a ministra portuguesa afirmou que Portugal defende a importância de continuar desenvolvendo canais de comunicação e mantendo-os abertos.

“Do ponto de vista da defesa, é importante para prevenir futuras escaladas e tensões que já estamos sentindo. Queremos ser parceiros no diálogo, na criação de condições para estabelecer esses canais de comunicação e contribuir para a resolução de conflitos e segurança nessa parte do mundo.”

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