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Coreia do Norte afirma que 800 mil jovens se juntaram ao exército para lutar contra os EUA

Coreia do Norte afirma que 800 mil jovens se juntaram ao exército para lutar contra os EUA
STR/KCNA VIA KNS/AFP | GettyImages

A Coreia do Norte afirmou que 800.000 jovens oficiais e estudantes voluntariamente se juntaram ao seu exército – tudo em um único dia.

“De acordo com uma contagem, mais de 800.000 oficiais da juventude e estudantes em todo o país se voluntariaram para se juntar e se reunir ao Exército Popular da Coreia (KPA) apenas em 17 de março”, escreveu o Rodong Sinmun, o jornal oficial do partido governante da Coreia do Norte, no domingo.

O jornal estatal descreveu os alistados como a “vanguarda jovem”, afirmando que todos os 800.000 haviam “surgido de uma só vez na luta para defender o país e aniquilar o inimigo”.

Entre eles estão estudantes universitários, jovens trabalhadores e líderes juvenis, escreveu o Rodong Sinmun.

O órgão estatal também acusou os “imperialistas dos EUA e os traidores fantoches sul-coreanos” de tentarem provocar uma guerra nuclear.

O Rodong Sinmun também afirmou que os 800.000 jovens que se voluntariaram estavam “totalmente armados com a vontade indomável do Partido de lidar com os inimigos e acertar as contas com os EUA”.

O Rodong Sinmun divulgou quatro imagens do suposto esforço de alistamento, que mostram multidões se alinhando para assinar documentos em um canteiro de obras e um anfiteatro.

O veículo de mídia não especificou a idade dos alistados, nem disse se os 800.000 foram convocados sob suas leis de recrutamento. Os homens norte-coreanos são obrigados a servir 10 anos no exército, enquanto as mulheres têm que servir três anos.

Mesmo que a Coreia do Norte tenha recrutado 800.000 militares em um dia, isso pode não significar que sua força militar aumentará por essa quantidade, disse Gordon Kang, que pesquisa a Coreia do Norte no Instituto de Ásia Oriental em Singapura, à Insider.

Muitos recrutas são geralmente enviados para trabalhar em trabalhos forçados em canteiros de obras em todo o país, disse Kang.

Ele acrescentou que o anúncio bombástico de domingo é menos útil como uma verdadeira medida da força militar da Coreia do Norte e, em vez disso, nos mostra o tipo de propaganda que o regime de Kim Jong Un quer empurrar.

“O elemento subjacente aqui é que o foco na juventude tem sido prevalente nos últimos anos, nos últimos dois anos”, disse Kang. “A cada poucos dias ou mais haverá um artigo sobre como a juventude está passando por treinamento ideológico”.

É uma tentativa de convencer o mundo de que os jovens na Coreia do Norte ainda estão alinhados com a ideologia de Kim, mesmo quase oito décadas depois que seu avô tomou o poder em 1948, disse Kang.

Enquanto isso, Pyongyang tem testado com mais frequência seus mísseis capazes de transportar armas nucleares nos últimos dois anos, incluindo mísseis balísticos intercontinentais que podem atingir os EUA.

 

Qual o poder estimado dos Mísseis Balísticos da Coreia do Norte?

A Coreia do Norte tem desenvolvido mísseis balísticos há várias décadas e tem feito avanços significativos no seu programa de mísseis, apesar das sanções internacionais e da pressão política. A potência exata dos mísseis balísticos norte-coreanos é difícil de determinar com precisão, já que as informações sobre seus testes são frequentemente limitadas ou confidenciais.

Entretanto, acredita-se que a Coreia do Norte possua mísseis balísticos capazes de atingir alvos em grande parte da Ásia Oriental e do Pacífico Ocidental, incluindo o Japão, a Coreia do Sul e Guam.

Parte dos seus mísseis balísticos mais avançados, como o Hwasong-15, foram projetados para ter alcances intercontinentais e teoricamente poderiam atingir a costa oeste dos Estados Unidos. É importante ressaltar que a Coreia do Norte ainda enfrenta desafios tecnológicos significativos na produção de ogivas nucleares pequenas o suficiente para serem transportadas por seus mísseis balísticos.

 

Entenda melhor o contexto histórico entre Estados Unidos e a Coreia do Norte

O contexto histórico da relação entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte é profundamente marcado por eventos como a Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou em um armistício, mas sem a assinatura de um tratado de paz formal. Desde então, as tensões persistiram, com episódios de confronto e desconfiança.

Ao longo das décadas, os esforços diplomáticos foram intercalados com períodos de escalada devido a testes nucleares norte-coreanos e exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul. Negociações nucleares anteriores resultaram em acordos, mas muitas vezes foram seguidas por desconfiança e violações.

A dinâmica da relação é complexa, envolvendo interesses de segurança regional, ideologias políticas e as aspirações nucleares da Coreia do Norte.

O contexto histórico moldou a abordagem cautelosa das partes envolvidas em seus esforços para lidar com questões sensíveis, como desnuclearização, mantendo a Península Coreana como um ponto focal de atenção geopolítica.

 

Entenda a estratégia de Propaganda

A estratégia de propaganda na Coreia do Norte desempenha um papel crucial na consolidação do poder do regime, na moldagem da percepção interna e na projeção de uma imagem específica do país para o mundo exterior. O governo norte-coreano utiliza uma abordagem multifacetada para controlar a narrativa e manter o apoio interno, com destaque para alguns elementos-chave:

  1. Culto à Personalidade: A liderança, especialmente o líder supremo Kim Jong Un, é retratada de maneira quase divina. O culto à personalidade permeia todos os aspectos da sociedade, com retratos, estátuas e monumentos dedicados aos líderes da dinastia Kim.
  2. Mídia Controlada: A mídia na Coreia do Norte é rigidamente controlada pelo Estado. O jornal Rodong Sinmun e a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) são veículos oficiais que transmitem a visão do governo. A censura é extensiva, e apenas informações que favorecem o regime são permitidas.
  3. Educação Ideológica: O sistema educacional enfatiza a doutrinação ideológica desde tenra idade. As crianças aprendem a venerar os líderes e a internalizar uma narrativa que destaca a ameaça externa, promovendo a ideia de que a nação está constantemente sob cerco.
  4. Isolamento Informacional: O acesso à informação estrangeira é estritamente controlado. Radios e televisões são sintonizados para canais estatais, e a internet é altamente restrita. O regime busca evitar influências externas que possam desafiar a narrativa oficial.
  5. Eventos de Propaganda Massiva: Grandes eventos, como desfiles militares e celebrações nacionais, são organizados para mostrar o poder militar, a unidade nacional e o apoio popular ao governo. Esses eventos são cuidadosamente coreografados para criar uma imagem de força e estabilidade.
  6. Punições Severas: A dissidência é reprimida com firmeza, e as punições podem ser severas. Isso cria um ambiente de medo que desencoraja críticas ao governo e fortalece a lealdade através do receio das consequências.
  7. Exclusividade do Partido Único: O Partido dos Trabalhadores da Coreia é o único partido político permitido. Isso elimina qualquer oposição política organizada e reforça a mensagem de unidade em torno do partido e do líder.

Essa estratégia de propaganda é fundamental para a estabilidade do regime, pois molda a percepção interna, fortalece o controle do governo sobre a população e perpetua a ideologia do partido no poder. A Coreia do Norte utiliza a propaganda não apenas como uma ferramenta de comunicação, mas como uma parte intrínseca do sistema político e social.

 

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