A Rússia está se retirando do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa (CFE). A denúncia do tratado será realizada em um futuro próximo e o decreto correspondente já foi assinado pelo presidente. O documento foi publicado no portal oficial de informações jurídicas da Internet.
A decisão sobre a retirada do Tratado CFE precisa ser aprovada pelo parlamento russo. Vladimir Putin nomeou o vice-chanceler Sergei Ryabkov como representante oficial responsável pela denúncia do tratado, que foi suspenso em 2007.
De acordo com o documento: “Sergey Alekseevich Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Federação Russa, foi nomeado representante oficial do Presidente da Federação Russa para a questão da denúncia do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa pela Federação Russa, assinado em Paris em 19 de novembro de 1990, quando as câmaras da Assembleia Federal da Federação Russa considerarem a questão.”
O Tratado CFE foi assinado em 19 de novembro de 1990 entre os países da OTAN e do Pacto de Varsóvia. O objetivo do documento era estabelecer um equilíbrio militar seguro na Europa. Após o colapso da União Soviética e a entrada de alguns países do antigo Pacto de Varsóvia na OTAN, os limites estabelecidos pelo acordo perderam o sentido. Em 1999, foi assinada uma nova versão do Tratado CFE, que foi ratificada pela Rússia, Belarus, Cazaquistão e Ucrânia. Porém, do lado ocidental, o acordo não foi ratificado por nenhum país.
Em 2007, a Rússia suspendeu o Tratado CFE até que os países ocidentais alinhassem suas forças armadas com o tratado e o ratificassem. No entanto, os acontecimentos recentes mostram que isso pode ser esperado indefinidamente, uma vez que o Ocidente não tem a intenção de cumprir o acordo, o que significa que ele perdeu o sentido.
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