Na quarta-feira (12/04), a junta militar de Mianmar confirmou ter realizado um ataque aéreo contra uma aldeia no centro do país, resultando em dezenas de mortes, conforme relatado pela imprensa local.
Segundo o porta-voz da junta, Zaw Min Tun, uma cerimônia estava ocorrendo na aldeia de Pazi Gyi para inaugurar um escritório das Forças de Defesa do Povo (PDF), que são grupos armados antigolpe. Embora o porta-voz militar tenha afirmado que alguns dos mortos podem ser combatentes antigolpe fardados, ele admitiu que pode haver civis entre as vítimas.
Relatos da BBC, The Irrawaddy e Radio Free Asia indicaram pelo menos 50 mortos e dezenas de feridos na região de Sagaing, um dos principais centros de resistência contra o Exército no país.
Desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021, que derrubou a governante civil Aung San Suu Kyi, Mianmar tem sido palco de um conflito violento entre a junta militar no poder e seus opositores.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou firmemente o ataque das Forças Armadas de Mianmar e reiterou seu apelo ao Exército para encerrar a campanha de violência contra a população birmanesa.
Conheça mais sobre o Grupo Armado de Mianmar – Forças de Defesa do Povo
As Forças de Defesa do Povo (PDF) de Mianmar são grupos armados formados por civis e militares dissidentes que se opõem à junta militar que assumiu o poder no país após o golpe de Estado em fevereiro de 2021. Essas forças antigolpe são compostas principalmente por civis, incluindo estudantes, trabalhadores e agricultores, que se uniram para resistir à opressão do regime militar.
Alguns militares desertaram para se juntar aos grupos antigolpe. As PDFs têm como objetivo proteger as comunidades locais, bem como lutar contra o Exército e a polícia que reprimem os protestos e manifestações contra o golpe de Estado. A junta militar considera as PDFs como grupos terroristas e tem conduzido operações militares para reprimi-las.
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