O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou seu agradecimento nesta quinta-feira ao primeiro-ministro português, António Costa, pelo “apoio abrangente e consistente” em termos militares, políticos e humanitários, especialmente pela disponibilidade em treinar pilotos ucranianos.
Por meio de uma mensagem divulgada em sua página oficial na rede social Telegram, acompanhada de um breve vídeo com o encontro entre os líderes em Moldova, o chefe de Estado ucraniano enfatizou, em particular, a “disponibilidade de Portugal para participar do treinamento de pilotos ucranianos”.
“Agradeço o apoio abrangente e consistente à Ucrânia por parte do governo português – militar, político e humanitário”, enfatizou Zelensky.
“A assistência de Portugal é de extrema importância para conter a agressão russa e restaurar a soberania e integridade territorial da Ucrânia”, acrescentou, após o encontro à margem da cúpula da Comunidade Política Europeia, uma plataforma de cooperação para segurança e estabilidade na Europa, com líderes da União Europeia (UE) e de outros países, agora focada na paz e energia.
O primeiro-ministro português também reagiu ao encontro com Zelensky por meio do Twitter, garantindo apoio “militar, político, diplomático e humanitário”.
“Continuamos ao lado da Ucrânia na defesa de sua integridade territorial e do direito internacional, buscando uma paz justa e duradoura. Para que isso seja possível, a Rússia não pode vencer essa guerra”, ressaltou António Costa.
Em Moldova, Volodymyr Zelensky solicitou explicitamente um convite para que a Ucrânia se junte à Aliança Atlântica, enfatizando também a importância de proteger os céus ucranianos com os caças F-16 que a Ucrânia tem solicitado a seus aliados há meses.
O presidente ucraniano também propôs, na cúpula, a criação de um escudo de defesa antimíssil com aeronaves e sistemas modernos de defesa aérea para proteger os céus de todo o continente europeu.
Em declarações à imprensa portuguesa no final da segunda cúpula da Comunidade Política Europeia, António Costa destacou que os aliados da OTAN estão finalizando uma “posição coletiva” sobre o futuro da Ucrânia na Aliança Atlântica.
Enfatizando que a questão da integração da Ucrânia na OTAN “não está sendo considerada por enquanto”, António Costa defendeu que “a melhor maneira de garantir uma paz justa e duradoura, após o término da ofensiva militar, é com base nas negociações dos termos de paz”.
“Infelizmente, ainda estamos muito distantes dessa situação”, acrescentou o primeiro-ministro, lamentando também os “ataques extremamente violentos contra Kiev” registrados hoje.
António Costa também destacou aos jornalistas a disposição de Portugal em fornecer treinamento para pilotos ucranianos na operação dos caças F-16, observando que, por enquanto, não há disponibilidade para enviar aeronaves.
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