Segundo o Governo de transição do Mali, um helicóptero das Forças Armadas do país caiu no sábado durante uma missão contra extremistas islâmicos, resultando na morte dos três membros da tripulação e ferindo seis civis. De acordo com testemunhas entrevistadas pela agência de notícias Efe, o acidente ocorreu em Missabougou, um bairro da capital Bamako, quando o helicóptero caiu sobre uma casa durante uma operação de vigilância aérea. A junta militar que governa o Mali também divulgou um comunicado sobre o incidente.
No local estiveram diversas equipes de emergência e bombeiros, no mesmo dia, na cidade de Sevaré, na região de Mopti, ocorreu um ataque suicida com um carro-bomba, em que morreram pelo menos mais 38 pessoas.
Segundo apurado, o helicóptero em questão seria um dos Russos Mi-35M, recebidos em 2017, o mesmo modelo que foi recentemente desativado pela Força Aérea Brasileira, e pode ser visto no Museu Aeroespacial no Rio de Janeiro, apesar de ter se tornado peça de museu, o helicóptero militar que pode ser visto no Musal é relativamente novo.
A aeronave é um dos 12 modelos Mi-35M (AH-2 Sabre, na designação da FAB) desativados FAB, que os recebeu da Rússia entre 2010 e 2015.
O Mali está sob influência Russa?
Desde a chegada dos mercenários do Grupo Wagner, a violência indiscriminada contra civis no Mali aumentou, dizem analistas e grupos de direitos humanos. Com a insurgência de extremistas islâmicos em curso há uma década, a presença russa levanta preocupações sobre a desestabilização da região já conturbada.
Dados do Armed Conflict Location & Event Data Project (Acled) indicam que mais de 2.000 civis foram mortos desde dezembro de 2021, sendo pelo menos um terço dessas mortes decorrentes de ataques do Grupo Wagner. Diplomatas alertam que os extremistas ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico só ficaram mais fortes desde a chegada dos mercenários.