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Marinha Portuguesa recebe autorização para atracar Submarino da classe tridente no RJ

Marinha Portuguesa recebe autorização para atracar Submarino da classe tridente no RJ

A Marinha do Brasil, por meio de despacho decisório publicado e assinado no DO de hoje (31 de março) pelo Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Vice-Almirante Carlos Eduardo Horta Arentz, autorizou a visita do Submarino classe tridente – NRP Arpão, da Marinha Portuguesa, ao porto do Rio de Janeiro no período de 7 a 12 de maio.

 

O Submarino NRP Arpão

O NRP Arpão (S161) é um submarino da classe Tridente da Marinha Portuguesa. Ele foi construído pelo estaleiro alemão HDW e entrou em serviço em 2010.

O Arpão tem cerca de 68 metros de comprimento e pode atingir uma velocidade máxima de 20 nós (cerca de 37 km/h). Ele é equipado com torpedos, mísseis e minas, o que lhe permite conduzir operações de vigilância, reconhecimento, ataque e defesa.

Além disso, o Arpão tem uma capacidade de mergulho de até 300 metros e pode permanecer submerso por várias semanas, tornando-o um recurso valioso para missões de inteligência e vigilância.

O submarino foi batizado em homenagem à espécie de peixe-espada que é encontrada no Oceano Atlântico, próximo à costa de Portugal.

 

O que é a Classe Tridente de Submarinos Portugueses

A classe Tridente é uma classe de submarino utilizada pela Marinha de Guerra Portuguesa. Ela é oficialmente designada pelo fabricante como U-209PN, mas inicialmente era conhecida pela Marinha de Guerra Portuguesa como SS PO 2000 em sua fase de pré-projeto.

Embora o nome da classe sugira que ela seja baseada no tipo 209, na verdade, ela é baseada nos U-214 projetados e fabricados pela empresa alemã Howaldtswerke Deutsche Werft GmbH (HDW). Embora esses submarinos tenham pouco em comum com a classe mais antiga U-209, a classe portuguesa recebeu a designação U-209PN para poder competir no processo de aquisição.

A classe Tridente substituiu as unidades da classe Albacora, que estavam em serviço desde o final da década de 1960, e forma a 5ª esquadrilha de submarinos do país desde a entrada em serviço do NRP Espadarte em 1913. Com a classe Tridente, a Marinha de Guerra Portuguesa mantém a capacidade de combate sub-superfície, o que a coloca entre as poucas marinhas do mundo com essa capacidade por mais tempo.

A aquisição dos submarinos foi alvo de controvérsia, principalmente devido ao alto custo desses sistemas de armas. No entanto, em comparação com outras aquisições similares no exterior, como a da Marinha Grega, o custo de aquisição em regime de ALD foi relativamente baixo para Portugal, com a Grécia tendo pago 20% mais pelos seus submarinos.

Cada uma das duas unidades em construção recebeu o nome de um tipo de arma de caça submarina, quebrando a tradição da Marinha de Guerra Portuguesa de nomear seus submarinos com nomes de seres marinhos.

 

Entenda a diferença para a classe tridente dos Estados Unidos

A classe Tridente de submarinos Norte-americanos é uma classe de submarinos balísticos nucleares operados pela Marinha dos Estados Unidos. Eles foram projetados para transportar mísseis balísticos nucleares e são uma parte crítica da estratégia de dissuasão nuclear dos Estados Unidos. Os submarinos da classe Tridente são equipados com mísseis balísticos Trident II D5, que têm um alcance de mais de 11.000 quilômetros e podem carregar até 14 ogivas nucleares independentes de reentrada.

Atualmente, existem 14 submarinos da classe Tridente em operação pela Marinha dos Estados Unidos. Eles são divididos em duas subclasses: a classe Ohio e a classe Columbia. A classe Ohio foi a primeira a ser construída e entrou em serviço na década de 1980. A classe Columbia é uma atualização da classe Ohio e está sendo construída para substituí-los gradualmente.

Os submarinos da classe Tridente são uma parte vital da capacidade nuclear dos Estados Unidos e têm um papel crucial na manutenção da dissuasão nuclear. Eles são altamente avançados em termos de tecnologia e têm recursos de sigilo para ajudá-los a permanecer invisíveis e não detectados enquanto operam em missões críticas.

 

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