Os conflitos no Sudão têm sido uma constante desde a independência do país, em 1956. As disputas pelo poder político e econômico têm levado a confrontos armados que resultam em milhares de mortes e deslocamentos. A situação atual é mais um exemplo dessa instabilidade.
Nos últimos dias, a tensão entre as Forças Armadas do Sudão e as Forças de Suporte Rápidas, um poderoso grupo paramilitar, tem se intensificado. Relatos de tiros e explosões na capital do país, Cartum, indicam a violência entre os grupos. No sábado (15), o grupo paramilitar anunciou ter tomado o controle do palácio presidencial, da residência do chefe do exército e do Aeroporto Internacional de Cartum, principal do país.
As Forças Armadas e a Força Aérea sudanesas responderam aos ataques dos paramilitares e anunciaram estar em confronto contra eles. De acordo com os militares, foram destruídas bases dos grupos em Tiba e Soba, ambas localizadas em Cartum. O aeroporto da cidade foi fechado e o Secretário-Geral da ONU apelou aos líderes do exército e dos paramilitares para suspenderem os combates e iniciarem um diálogo para resolver a crise.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que acompanha com preocupação o crescimento dos episódios de violência no Sudão. O governo brasileiro exorta as partes à contenção e à cessação imediata dos combates, reiterando apoio aos esforços do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Há o registro de 15 brasileiros no Sudão, com os quais a Embaixada do Brasil em Cartum tem mantido contato, e o Itamaraty disponibilizou um número de telefone e WhatsApp do plantão consular para os cidadãos que necessitem de apoio no país africano.
Em meio a esses conflitos, a população do Sudão sofre as consequências da violência, com deslocamentos, mortes e falta de segurança. A situação é mais um exemplo da necessidade de se buscar soluções pacíficas para conflitos armados e da importância do diálogo e da cooperação entre as partes envolvidas.
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