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China e Rússia realizam patrulha aérea conjunta em meio a tensões na região da Ásia-Pacífico

China e Rússia realizam patrulha aérea conjunta em meio a tensões na região da Ásia-Pacífico

Pequim e Moscou conduziram, nos últimos dias, sua sexta patrulha aérea conjunta sobre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental desde 2019. Segundo comunicado do Ministério da Defesa chinês, o exercício faz parte do plano de cooperação anual entre as duas Forças Armadas.

A Coreia do Sul relatou que quatro aeronaves militares russas e quatro chinesas ingressaram em sua zona de identificação de defesa aérea, que possui uma amplitude maior do que o espaço aéreo de um país. Embora essa área não seja definida por nenhum tratado internacional, corresponde à região onde um Estado procura controlar a navegação aérea por razões de segurança.

O Estado-Maior Conjunto sul-coreano afirmou ter despachado caças da Força Aérea para realizar ações táticas como preparação para uma eventual emergência, mas ressaltou que as aeronaves russas e chinesas não violaram seu espaço aéreo.

Os exercícios ocorrem em um momento em que os Estados Unidos intensificaram manobras militares conjuntas com aliados na região da Ásia-Pacífico. Na semana passada, as guardas costeiras dos EUA, Japão e Filipinas iniciaram o primeiro exercício naval trilateral no Mar do Sul da China, programado para terminar na quarta-feira.

No último final de semana, um navio de guerra chinês se aproximou a 137 metros de um destróier dos Estados Unidos, enquanto as marinhas americana e canadense realizavam um exercício conjunto no Estreito de Taiwan, o que gerou críticas sobre a segurança da manobra.

O ministro da Defesa chinês declarou no domingo que alianças semelhantes à OTAN na Ásia-Pacífico podem levar a conflitos e aumentar os riscos para toda a região.

 

China e Rússia estão levando ao aumento das tensões?

Em abril, os Estados Unidos e as Filipinas realizaram o maior exercício militar conjunto em 30 anos na região, envolvendo 17 mil soldados. O treinamento ocorreu apenas um dia depois que a China concluiu seus próprios exercícios perto de Taiwan, que simularam um cerco à ilha com o uso de munição real.

A escalada das demonstrações de poderio militar acontece ao mesmo tempo em que aumenta a tensão nas relações diplomáticas entre Washington e Pequim. Na semana passada, o governo chinês recusou um convite dos Estados Unidos para uma reunião em Singapura entre o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, e o ministro da Defesa chinês, Li Shangfu.

O convite havia sido feito no início de maio, durante a cúpula do Diálogo de Shangri-La, um dos principais fóruns de contato entre os dois países na área de defesa.

Austin manifestou descontentamento com a resposta chinesa, considerando-a “infeliz” e alertando que a falta de comunicação contínua entre as duas nações pode levar a um incidente que poderia rapidamente “sair de controle”.

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