O exército sudanês anunciou neste sábado que estava ajudando na retirada de estrangeiros do país, após uma semana de conflitos que matou centenas de civis. As forças armadas sudanesas estavam envolvidas em combates contra rivais paramilitares em Cartum, inclusive com ataques aéreos. A declaração citou o chefe do exército, Abdel Fatteh al-Burhan.
O líder rival das Forças de Apoio Rápido, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, havia prometido abrir aeroportos para evacuações. Ambos os lados falharam em observar o cessar-fogo acordado quase diariamente desde o início das hostilidades em 15 de abril, incluindo uma trégua de três dias.
O fechamento do aeroporto e a insegurança nos céus impediram milhares de estrangeiros, incluindo funcionários da embaixada, trabalhadores humanitários e estudantes em Cartum e em outras partes do país, de deixar o Sudão. No entanto, o exército afirmou que vários países retirariam diplomatas e outros cidadãos “nas próximas horas”, com sauditas e jordanianos saindo via Port Sudan, a 650 km de Cartum. A interrupção nos combates pode acelerar a fuga de muitos moradores de Cartum, que estavam presos em suas casas ou distritos locais sob bombardeio e com combatentes perambulando pelas ruas.
Além disso, a situação no Sudão é cada vez mais preocupante. Desde a deposição do ex-presidente Omar al-Bashir em 2019, o país tem enfrentado turbulências políticas e econômicas, levando a um aumento da violência e da instabilidade. O conflito atual pode ter consequências ainda mais graves para a população sudanesa já desfavorecida.
É importante que a comunidade internacional se mobilize para apoiar o Sudão e buscar uma solução pacífica para a crise atual. A retirada de estrangeiros é um passo importante, mas ainda há muito a ser feito para garantir a segurança e o bem-estar do povo sudanês.
É essencial que as partes envolvidas respeitem o cessar-fogo e trabalhem para encontrar uma solução negociada e duradoura para a crise.