Intitulado de “Democracia Inquebrantável”, o evento referente ao primeiro aniversário dos acontecimentos do 8 de Janeiro, será prestigiado pelos líderes das três Forças Armadas e pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A cerimônia terá lugar na segunda-feira (8 de Janeiro), no Salão Negro do Congresso Nacional, e contará com a participação de Lula, além dos presidentes do STF, Luís Roberto Barroso; da Câmara, Arthur Lira; e do Senado, Rodrigo Pacheco.
Rosa Weber, ex-presidente do Supremo durante os episódios golpistas, agora ministra aposentada, também foi convidada a participar do evento no Congresso e já confirmou sua presença.
Dentre os convidados, além dos líderes dos poderes, estão ministros do governo, membros de tribunais superiores, governadores dos 27 estados e do Distrito Federal, prefeitos das 26 capitais brasileiras, e presidentes de assembleias legislativas.
Conforme o protocolo, pelo menos seis autoridades proferirão discursos durante a cerimônia, sendo a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, a primeira a se pronunciar. O encerramento ficará a cargo de Lula.
A ordem prevista para os discursos neste 08 de Janeiro:
- Governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra;
- Presidente do TSE, Alexandre de Moraes;
- Presidente do STF, Luís Roberto Barroso;
- Presidente da Câmara, Arthur Lira;
- Presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco;
- Presidente Lula.
Quanto à participação dos líderes atuais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica no evento referente ao 8 de Janeiro, foi uma solicitação do ministro da Defesa do governo Lula, José Múcio Monteiro. A presença destes comandantes é vista como uma demonstração do comprometimento das Forças Armadas, alvo de críticas por suposta conivência com os eventos golpistas de 2022, com relação à democracia brasileira.
Um pequeno grupo se reuniu em frente ao Quartel-General do Exército para expressar apoio aos indivíduos ligados ao movimento bolsonarista que foram detidos em conexão com os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, envolvendo ataques a sedes dos três poderes. Portando bandeiras do Brasil, os manifestantes, por meio de faixas com mensagens traduzidas para o inglês, solicitam a libertação dos acusados.
Em uma das faixas, é declarado: “Instamos o término das detenções, torturas e mortes de cidadãos patriotas brasileiros.” Outra faixa denuncia a alegada existência de um “campo de concentração no Brasil, marcado pela perfídia pelas Forças Armadas Brasileiras”, sendo que “perfídia” é utilizada no contexto de traição e deslealdade, especialmente em situações de conflito.
Os participantes do protesto acreditam que as prisões dos envolvidos nos atos de vandalismo contra as instituições brasileiras estão sendo tratadas como um campo de concentração para aqueles considerados “patriotas”. Vale notar que o Quartel-General em Brasília encontra-se fechado, e houve presença da cavalaria do Exército no local.
Os bolsonaristas detidos em 8 de janeiro estavam envolvidos em apelos por intervenção militar, buscando apoio das Forças Armadas. Em mensagens que antecederam os acontecimentos, os manifestantes indicaram a intenção de promover tumultos, alegadamente com respaldo das autoridades militares.
Comentários